
Candidata oficial do PV à Presidência da República, a senadora Marina Silva chegou na tarde desta quinta-feira (10) à convenção do partido em Brasília. Ela entrou no palco acompanhada do candidato a vice, Guilherme Leal. Antes de Marina e Guilherme falarão lideranças partidárias e representantes da sociedade civil.
A oficialização da chapa já foi aprovada pela manhã em votação dos delegados do PV. Eles aprovaram também o teto de gastos para a campanha em R$ 90 milhões e uma moção de que o partido deve ter candidatos ao governo em todos os estados do país. Nas regiões em que o PV local quiser se aliar a um candidato de outro partido será necessário aval da Executiva Nacional.
Antes de Marina e Guilherme, a programação prevê exposições do teólogo Leonardo Boff, do presidente licenciado da ONG WWF Brasil, Álvaro de Souza, do economista Paulo Sandroni, da modelo Vanessa Vidal, entre outras personalidades.
O salão onde acontece a convenção não está lotado até agora. O PV escalou parlamentares e alguns militares para ficarem no palco, onde cadeiras foram colocadas para cerca de cem pessoas. Familiares de Marina estão no palco montado pelo partido.
A chega de Marina ao palco foi aplaudida de pé pelos militantes. A candidata entrou junto com seu vice ao som do jingle da campanha: “eu sou brasileiro, eu sou marineiro”. Após a entrada a militância cantou: “Brasil, urgente. Marina presidente”.
Ainda antes da presença da candidata, o presidente do partido, José Luiz Penna afirmou à militância que é possível chegar ao segundo turno das eleições.
“É preciso que o partido verde e a sociedade que está interessada no nosso caminho tenha a certeza de que nós podemos ir para o segundo turno e podemos surpreender na eleição. Este é um momento mágico, é um momento de afirmação. É o pontapé inicial de uma caminha vitoriosa”.
Penna criticou a tentativa de polarização da eleição entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). “Eu tenho dito que nós conseguimos interromper um processo de transformação da eleição presidencial deste ano em um plebiscito. Achávamos que seria uma coisa ruim para o Brasil porque mais uma vez tentavam tratar a sociedade brasileira como um bando de infantis, de pessoas que não tem interesse em discutir o seu futuro”.
Programa aprovado
A convenção aprovou também as diretrizes do programa de governo de Marina. O documento traz uma análise sobre o presente, traça metas para o país, apresenta diretrizes para o programa e compromissos para a atuação durante a campanha presidencial.
Entre os compromissos está o de não fazer ataques pessoais aos adversários. No mesmo tópico há uma menção velada à recente polêmica do dossiê contra José Serra (PSDB), atribuído por ele à campanha de Dilma Rousseff (PT). “Nenhum ataque ou ofensa pessoal será dirigida a qualquer candidato, bem como qualquer forma de obtenção de informação que violem os marcos do estado democrático de direito”.
Marina promete ainda neutralizar todas as emissões de carbono durante a campanha com o plantio de árvores pelo Brasil e promete dar transparência à prestação de contas da campanha.
Na parte mais objetiva, a das diretrizes do programa de governo, o documento cria um tripé para a candidatura: um jeito novo de fazer política, igualdade de oportunidades e sustentabilidade.
A campanha assume entre suas diretrizes um compromisso com a política macroeconômica prometendo manter o sistema de metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante. Na parte macroeconômica, há as idéias de reestruturar o sistema previdenciário e reformar a previdência social.
Seguindo a linha do partido e da candidata, o programa tem várias menções á inclusão de critérios ambientais na economia. O texto fala em estímulo à geração de “empregos verdes”, “agronegócio sustentável”, “gestão estratégica dos recursos naturais”, entre outras expressões da área. O programa fala ainda em uma terceira geração de programas sociais com um cadastro único das ações na área e a ampliação do combate à pobreza.
comentário: Marina Silva é sinónimo de guerreira, humildade, integridade , além disso seu nome remete ao meio ambiente. Más infelizmente no cenário politico não basta adjetivos para se chegar ao poder. Apesar de todas estas virtudes não acredito que tenha chances de chegar ao segundo turno da eleição, que deve ser polarizada entre os candidatos José Serra-PSDB e Dilma Rousseft-PT. Coloco aqui minha indecisão, já que minha admiração por ela é muito grande, e sei, da necessidade de mudanças radicais na politica voltada ao meio ambiente. Marina tem uma histórica luta voltada aos problemas ambientais, que é, uma preocupaçaõ mundial, logo , diante das causas que defende ficou conhecida mundialmente. O que na verdade não significa que esteja preparada para comandar uma nação com tantos problemas como o Brasil, considerando que são necessárias alianças e acordos indesejáveis para conseguir avançar naquilo que se propõe. Assim justifico minha indecisão, não vejo preparo na candidata para comandar e "ajeitar" estas negociações, nisso, acredito que a eleiçao vai mesmo polarizar entre aqueles que negociam até sua mãe para chegar ao poder.